O Instituto Português de Oncologia do Porto realiza esta terça-feira uma intervenção cirúrgica em que vai utilizar «um método inovador no tratamento do cancro» em Portugal, a radioterapia intraoperatória.
«Esta técnica inovadora permite afastar toda ou parte das estruturas normais da área de tratamento», como o intestino, a bexiga, a uretra ou o estômago, «possibilitando o aumento das doses de radiação na área de maior risco de recaída tumoral e contribuindo, assim, para uma melhoria do controlo local, com redução da toxicidade».
A técnica, já usada em mais de 150 centros no mundo, permite aplicar radioterapia ao doente durante a cirurgia para a remoção do tumor, sendo «um complemento da radioterapia externa convencional», acrescenta a radioterapeuta responsável pelo procedimento, Olga Sousa.
O IPO tem uma sala de operações construída junto a um bunker o que «permite o doente ser temporariamente transferido durante a operação para a aplicação do tratamento com radiações e terminar a intervenção já com o tratamento realizado».
«É das poucas instalações europeias com esta funcionalidade e características, o que representa uma mais-valia para os doentes tratados», refere aquela unidade de saúde.
A construção destas instalações foi financiada pelo programa Saúde XXI e está agora apta a funcionar dado o facto de nos tratamentos de rotina poderem ser transferidos os doentes para outros operadores fora do IPO-Porto, libertando assim a instituição para tratamentos mais diferenciados e inovadores como este.
A intervenção marcada para esta terça-feira será feita num doente que teve uma recidiva de um cancro do recto.
Pesquisa: http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/cancro-ipo-cirurgia-porto-tvi24/1130771-4069.html
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