segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Leucemia


Caros leitores, hoje decidimos falar-vos um pouco sobre a Leucemia, que como todos nós sabemos afecta várias crianças no mundo.
A leucemia é um tipo de cancro que tem início nas células do sangue, que devido à investigação o conhecimento sobre esta doença tem vindo a aumentar gradualmente. Continuam a ser estudadas as suas causas e a ser investigados novos processos de tratamento para esta doença, que aumentam a esperança de vida de crianças e adultos portadores desta doença.


O que é a Leucemia?

Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células, conforme o organismo delas necessita. Quando as células envelhecem, morrem e novas células tomam o seu lugar. Porém, este processo pode correr mal, então formam-se novas células quando o organismo não precisa delas, e as células velhas não morrem, quando deviam.


Células do sangue normais:
As células do sangue formam-se na medula óssea (substância mole que existe no interior dos ossos). As células do sangue, quando imaturas chamam-se células estaminais. A maioria das células sanguíneas, amadurecem (maturam) na medula óssea e seguem, depois, para os vasos sanguíneos. O sangue que corre através dos vasos sanguíneos e do coração, chama-se sangue periférico.
A medula óssea produz diferentes tipos de células sanguíneas, cada tipo tem uma função especial:
Glóbulos brancos, ajudam a combater as infecções;

Glóbulos vermelhos, transportam o oxigénio para os tecidos através de todo o organismo;

As plaquetas ajudam à formação dos coágulos sanguíneos, que controlam as hemorragias.

Células de Leucemia:
Nas pessoas com leucemia, a medula óssea produz glóbulos brancos anómalos, estas células anómalas são células de leucemia. No início, as células de leucemia funcionam quase normalmente, porém com o tempo, ultrapassam em número, os glóbulos brancos, vermelhos e as plaquetas, tornando-se assim difícil para o sangue conseguir realizar a sua função.

Sintomas de alerta
Febre e suores nocturnos;
Infecções frequentes;
Sensação de fraqueza ou cansaço;
Dor de cabeça;
Sangrar e fazer nódoas negras (hematomas) facilmente: gengivas que sangram, manchas arroxeadas na pele, ou pequenas pintas vermelhas sobre a pele;
Dor nos ossos e articulações;
Inchaço ou desconforto no abdómen (em consequência do aumento do baço);
Glânglios inchados, especialmente os do pescoço e das axilas;
Perda de peso.
Atenção: Estes sintomas não são necessariamente sinónimos de leucemia. Uma infecção, ou qualquer outro problema, também pode causar estes sintomas.

Nas fases iniciais de leucemia crónica, as células tumorais funcionam quase normalmente. Os sintomas podem não aparecer, durante muito tempo. Muitas vezes, o médico descobre a leucemia crónica durante um exame de rotina, isto é, antes de existirem quaisquer sintomas. Quando surgem os sintomas, estes são geralmente ligeiros, no início, e vão piorando gradualmente.

Na leucemia aguda, os sintomas surgem e pioram rapidamente. A pessoa vai ao médico porque se sente doente. Outros sintomas da leucemia aguda são vómitos, confusão, perda de controlo muscular e convulsões. As células tumorais podem, ainda, depositar-se nos testículos, provocando inchaço. Algumas pessoas também desenvolvem feridas nos olhos ou na pele. A leucemia também pode afectar o aparelho digestivo, os rins, os pulmões ou partes do corpo.


Formas de diagnóstico

Exame físico: o médico observa a pessoa, para verificar se existem alterações, por exemplo, nos gânglios linfáticos, do baço e do fígado;
Análises sanguíneas: o laboratório faz a contagem de células do sangue. A leucemia causa uma grande elevação da contagem dos glóbulos brancos, ou diminuição dos mesmos, também provoca níveis baixos de plaquetas e hemoglobina. Através da análise do sangue no laboratório, também pode verificar-se se a leucemia já afectou os rins ou o fígado;
Biópsia: o médico remove uma porção de medula óssea, do osso da bacia, a amostra é analisada ao microscópio, por um patologista. Uma biopsia corresponde à remoção do tecido ósseo, para verificação de existência de células cancerígenas. A biopsia é o único método seguro de saber se as células tumorais se encontram na medula óssea ou não.
Existem dois processos de obter medula óssea: 1) Aspiração da medula óssea: o médico usa uma agulha para remover amostras de medula; 2) Biópsia da medula óssea: o médico usa outro tipo de agulha para remover um pedaço de osso. Estes dois processos são acompanhados de anestesia local para o paciente sentir menos dor possível.
Citogenética: no laboratório, são feitas análises aos cromossomas de células colhidas de amostras de sangue periférico, de medula óssea ou gânglios linfáticos;
Punção lombar: o médico remove algum líquido cefalo-raquidiano (liquido que preenche o espaço dentro e em redor do cérebro e da espinal medula). O médico usa uma agulha fina, para remover líquido da coluna vertebral, e o procedimento é realizado com anestesia local. Depois, a pessoa tem que permanecer deitada, na horizontal, durante algumas horas para evitar que tenha dores de cabeça. O líquido é analisado em laboratório para detecção de possíveis células tumorais ou outros sinais patológicos;
Radiografia ao tórax: os raios-X são importantes para avaliar indirectamente os pulmões e o coração.


Tratamento
Quimioterapia: consiste na utilização de fármacos, para matar as células cancerígenas. Dependendo do tipo de leucemia, pode ser administrado apenas um fármaco ou uma associação de dois fármacos.
A quimioterapia é, geralmente, administrada por ciclos de tratamento, repetidos de acordo com uma regularidade específica, de situação para situação. O tratamento pode ser feito durante um ou mais dias, existindo depois um período de descanso para recuperação, que pode variar entre dias a semanas.
Imunoterapia: este tipo de tratamento melhora as defesas naturais do organismo contra o cancro. O tratamento é administrado por injecção numa veia. Algumas pessoas com leucemia linfocítica crónica, recebem imunoterapia, utilizando anticorpos monoclonais. Estas substâncias ligam-se às células cancerígenas, permitindo que o sistema imunitário elimine as células tumorais, no sangue e na medula óssea. Por outro lado, alguns doentes com leucemia mielóide crónica recebem imunoterapia com uma substância natural, chamada interferão. Esta substância pode desacelerar o crescimento das células cancerígenas.
Radioterapia: a radioterapia usa raios de elevada energia, para matar células cancerígenas. Para a maioria dos doentes, uma máquina dirige a radiação para o baço, cérebro ou outras partes do corpo, onde se tenham depositado células tumorais. Alguns doentes fazem radiação dirigida a todo o corpo, a radiação total ao corpo é, geralmente, realizada antes de um transplante de medula óssea. A radioterapia é sempre administrada num hospital ou numa clínica.
Transplante por células estaminais: um transplante de células estaminais, permite o tratamento com doses mais elevadas de fármacos, de radiação ou de ambos. As doses elevadas, destroem tanto as células cancerígenas como os glóbulos sanguíneos normais da medula óssea. Mais tarde, a pessoa recebe células estaminais saudáveis, através de um catéter que é colocado numa grande veia, no pescoço ou na zona do peito. A partir das células estaminais transplantadas, desenvolvem-se novos glóbulos sanguíneos.




Fica assim uma pequena sintese sobre o que é a leucemia, esperamos que fiquem mais ou menos esclarecidos, e pedimos desculpa por algum erro!


pesquisa:http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/tipos/leucemia/

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