quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mas afinal o que é o cancro?

No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem com o diagnóstico de cancro.
A investigação constante, numa área de intervenção tão importante como o cancro é, inquestionavelmente, necessária. Cada vez se sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma como se desenvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão, também, a ser estudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro, durante e após o tratamento.
O QUE É O CANCRO?
O cancro é a proliferação anormal de células.
O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.
Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor.
Nem todos os tumores correspondem a cancro. Os tumores podem ser benignos ou malignos.

Os tumores benignos não são cancro:

  • Raramente põem a vida em risco;
  • Regra geral, podem ser removidos e, muitas vezes, regridem;
  • As células dos tumores benignos não se "espalham", ou seja, não se disseminam para os tecidos em volta ou para outras partes do organismo (metastização à distância).

Os tumores malignos são cancro:

  • Regra geral são mais graves que os tumores benignos;
  • Podem colocar a vida em risco;
    Podem, muitas vezes, ser removidos, embora possam voltar a crescer;
  • As células dos tumores malignos podem invadir e danificar os tecidos e órgãos circundantes; podem, ainda, libertar-se do tumor primitivo (primitivo) e entrar na corrente sanguínea ou no sistema linfático - este é o processo de metastização das células cancerígenas, a partir do cancro original (tumor primário), formando novos tumores noutros órgãos.


O nome dado à maioria dos cancros provém do tumor inicial. Por exemplo, o cancro do pulmão tem início no pulmão e o cancro da mama tem início na mama. O linfoma é um cancro que tem início no sistema linfático e a leucemia tem início nas células brancas do sangue (leucócitos).


As células cancerígenas podem "viajar" para outros órgãos, através do sistema linfático ou da corrente sanguínea. Quando o cancro metastiza, o novo tumor tem o mesmo tipo de células anormais do tumor primário. Por exemplo, se o cancro da mama metastizar para os ossos, as células cancerígenas nos ossos serão células de cancro da mama; neste caso, estamos perante um cancro da mama metastizado, e não um tumor ósseo, devendo ser tratado como cancro da mama.

CANCRO E SINTOMAS DE ALERTA

O cancro pode provocar muitos sintomas diferentes, como por exemplo:

  • Espessamento, massa ou "uma elevação" na mama, ou em qualquer outra parte do corpo.
  • Aparecimento de um sinal novo, ou alteração num sinal já existente.
  • Ferida que não passa, ou seja, cuja cicatrização não acontece.
  • Rouquidão ou tosse que não desaparece.
  • Alterações relevantes na rotina intestinal ou da bexiga.
  • Desconforto depois de comer.
  • Dificuldade em engolir.
  • Ganho, ou perda de peso, sem motivo aparente.
  • Sangramento ou qualquer secreção anormal.
  • Sensação de fraqueza ou extremo cansaço.

Na maioria das vezes, estes sintomas não estão relacionados com um cancro, e podem, ainda, ser provocados por tumores benignos ou outros problemas. Só o médico poderá confirmar. Qualquer pessoa com estes sintomas, ou quaisquer outras alterações de saúde relevantes, deve consultar o médico, para diagnosticar e tratar o problema tão cedo quanto possível.

Pesquisa: http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/nocoes/

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